APLAZADO WORSHOP SIZIGIA EN LISBOA
El workshop organizado por la asociación CORRENTE D´ARTE que debía haberse celebrado los pasados días 28 y 29 de Marzo en The Black Sheep Gallery en Lisboa, queda aplazado a causa de la pandemia hasta nuevas fechas aún por determinar.

Organizan:
CORRENTE D´ARTE correntearteassociacao@gmail.com
THE BLACK SHEEP GALLERY art & studio Rua do Sol ao Rato 45a Lisboa
1.- O que é Sizigia?
Na astronomia, sizigia é uma situação em que três ou mais objetos celestiais, estão alinhados.
No caso de um planeta, é o momento da conjunção planetária e da oposição planetária.
Em três anos consecutivos sofri a perda de três familiares. Três golpes diretos ao coração que mudaram a minha conceção do mundo e sua relação com o universo. (lei da vida)
Sizigia é uma viagem necessária e inevitável em forma de fotolivro para um encontro comigo mesmo. É da mutação, da percepção sofrida pelo fotógrafo, e portanto, da pessoa antes dessas três ausências poderosas e que inevitavelmente levam a uma viagem no final da noite, a uma viagem no princípio com
destino incerto, onde acaba sendo revelada a existência da mão invisível que direciona os meus passos por um caminho cheio de espinhos.
“O medo tem sido minha paixão.” (Roland Barthes).


2.- A Minha câmara.
A minha câmara que habitualmente é um instrumento de análise e crítica, com o qual desenvolvo o meu trabalho diário de fotojornalista regional, também sofre mutações, tornando-se aliada indispensável à
sobrevivência.
Refere-se às relações entre o mundo material e o espiritual.
Parece tornar-se uma extensão de mim mesmo.
A câmara, que ama e odeia comigo, acompanha minha respiração e liberta-se do peso do ato fotográfico.
Não há espaço para voltar atrás. Não se pensa. Age-se.
“A câmara é forçada a lidar com o obscuro e o sombrio, com os espectros e aparências” (Viulém Flusser).
3.- O ato fotográfico.
Atordoado, parei de me interessar pelo habitual, reajo antes ao momento ou imediatamente após o que acontece, já que também acontece: o efémero.
A vontade de tirar uma foto, de ser um fotógrafo, desaparece.
O modus operandi usual para a criação de uma nova consciência.
O resultado na maioria das vezes, é uma alucinação. É uma
realidade falsa que leva à verdadeira intenção, que leva a querer retratar.
“Na fotografia, não deve haver lógica, mas atração; O efémero é brutal e tão viciante.” 11 (Michael Ackermann).


4.- Sobre fotografia.
Invenção pura. Mensagem sem código. Ilógico, nunca acaba em si mesmo. Correspondência
ad infinitum entre as coisas mais díspares. Polissémico.
A fotografia perde o seu caráter artístico, torna-se uma luta contra o tempo, contra mim.
“O tempo é a substância da qual eu sou feito. O tempo é um rio que me conduz, mas eu sou o rio; é um tigre que me destrói, mas eu sou o tigre; É um fogo que me consome, mas eu sou o fogo.” (Jorge Luis Borges).
5.- O encontro.
Não justifico. Extrair o invisível. Romper o estabelecido. Criar uma nova consciência. Não tenho nada a provar. Inútil não é igual a inconsequente. Procurei a minha verdade e a minha liberdade.
Potenciar as vozes, destruir os ecos. As perguntas são importantes, nunca as respostas.
“Quem não entende o acaso, não entendeu nada” (José Manuel Navia).

6.- Influências narrativas diretas.
– Inferno (August Strindberg).
– Viagem até o Final da Noite (Louis Ferdinand Celine).
– O Coração das Trevas (Joseph Conrad).
– Em busca do tempo perdido (Marcel Proust).


Calendário e horário da formação.
Lotação| 5 (mínimo) a 10 (máximo) participantes
Prazo de inscrição| Até dia 23 de Março
Valor de inscrição| 80€ por participante
Programa| São 9 h em 2 dias
1º dia | 28 de Março 2020
das 10.00 às 13.00
das 15.00 às 18.00
2º dia |29 de Março 2020 |
das 10.30 às 13.30
Todos os alunos têm 2 h de video chamada (via Zoom) após do workshop para um extra seguimento ou um feedback com PAKO PIMIENTA